O Fórum do Campo
Lacaniano do Mato Grosso do Sul sediará nos dias 13,14,15 e 16 de novembro de
2014 o XV ENCONTRO NACIONAL da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo
Lacaniano-Brasil.
É com entusiasmo que
para lá dirigimos nossa atenção, as questões e trabalhos relativos ao tema
deste colóquio - AMOR E SEXOS.
Esperamos que este encontro
nos dê a oportunidade de discutir a importância da subversão promovida por
Freud com sua descoberta do Inconsciente, sempre retomada com cuidado por Lacan,
e as consequências no que diz respeito à Sexualidade, a Pulsão e o Amor.
Quanto à sexualidade,
para Freud os sujeitos são, de saída, bissexuais. Com tal postulado, nos ensina
que há Homens e Mulheres bem demarcados no sentido do estado civil, mas eles
não são feitos um para o outro como reza o discurso religioso, científico e
social, porque a pulsão e o desejo, que estão na base da constituição de todo
falante, independem de qualquer orientação sexual.
Lacan nos diz, em seu
Seminário, livro 19, que o princípio do funcionamento de gênero feminino e
masculino é a linguagem, pois "a linguagem é tal que todo ser falante é ou
ele ou ela. Isso existe em todas as línguas do mundo.” Mas para ele, a identidade
sexual, ser "homem ou mulher", é o resultado de um processo que qualificou
de sexuação. Há aí uma ação para indicar que é um processo de linguagem, não um
fato de natureza. Este processo distribui os sujeitos em duas categorias: -
Aqueles que estão totalmente na função fálica e aqueles que não estão
totalmente inscritos nela.
Os primeiros serão
chamados Homens, qualquer que seja sua anatomia, e os segundos, que não estão
totalmente inscritos na função fálica, se chamarão mulheres.
Quanto ao conceito de
pulsão, com seu objeto faltoso e sua força constante pedindo repetitivamente
esse mesmo objeto, que não surge jamais, não se pode educá-la nem acomodá-la
aos ideais da sociedade, a uma educação sexual.
E o amor, o amor no XV
Encontro achará com certeza quem o cante, o analise, não só nas histórias dos
costumes ou nos mitos, mas nas descobertas que a psicanálise soube depositar.
Deixo aqui para
sugeri-lo ou motivar, o que está no texto de 1914, "Sobre o narcisismo:
uma introdução", no qual Freud diz: "É preciso amar para não
adoecer".
Delma Fonseca
Diretora da EPFCL-Brasil
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